Paraguai e Espanha se enfrentaram na disputa da última vaga para a semifinal da Copa do Mundo da África do Sul. E não faltou emoção. Em uma partida equilibrada, com pênaltis perdidos dos dois lados, na qual os paraguaios conseguiram, por vezes, anular a qualidade de passe da Fúria, brilhou mais uma vez a estrela de Villa, que fez o gol chorado da vitória espanhola 1 a 0 e classificação para enfrentar a Alemanha.
GALERIA: A vitória da Espanha no Green Point
Em um primeiro tempo equilibrado, paraguaios conseguem segurar o toque de bola espanhol
A partida começou com o Paraguai surpreendendo, marcando pressão no campo de defesa da Espanha, e não deixando os jogadores da Fúria tocarem a bola. Com uma de suas principais qualidades bloqueadas pelos paraguaios, Iiniesta e companhia tentaram encontrar outras opções.
A primeira chegada foi da equipe de Gerardo Martino. Cardozo dominou na entrada da área e chutou. Casillas caiu bem e defendeu com segurança a finalização do camisa 7 paraguaio.
Pouco depois, os espanhóis inauguraram seus ataques. Porém, de forma tímida. Xavi rolou para Xabi Alonso soltar a bomba. Mas a bola desviou na zaga e foi direto para a linha de escanteio.
Aos 20 minutos, mais Paraguai no ataque. Morel Rodríguez, o homem das bolas paradas da seleção, cobrou falta da direita em direção à área. O zagueiro Alcaraz subiu sozinho, mas não conseguiu alcançar a bola, que foi diretamente para a linha de fundo.
Cinco minutos mais tarde, a Fúria, mantendo o equilíbrio da partida, desceu com Villa pela esquerda. Em sua jogada característica, o novo atacante do Barcelona (ESP), driblou o zagueiro e, já dentro da área, tentou o cruzamento. A defesa paraguaia, com atuação destacada de Paulo da Silva, tirou mais uma vez.
Aos 28, as qualidades individuais começaram a aparecer no esquadrão de Vicente del Bosque. Xavi recebeu passe de Xabi Alonso na intermediária. Ainda de costas, ele girou já finalizando contra o gol de Villar. A bola passou por cima, com muito perigo, assustando o camisa 1.
O jogo era muito equilibrado, mas os espanhóis se destacavam na posse de bola. E mais uma vez com Villa, eles atacaram. Desta vez, o atacante virou o jogo para Iniesta que, de primeira tentou cruzar para Fernando Torres. O camisa 9 não alcançou a bola.
A resposta paraguaia veio um minuto depois. Morel Rodríguez cruzou, mas Santana não conseguiu chegar. Animados, os sul-americanos chegaram mais uma vez. Após cruzamento, a bola passou por Cardozo, mas Valdez dominou dentro da área e chutou para marcar. O auxiliar, porém, já havia levantado a bandeira, marcando posição irregular de Cardozo, que participava do lance.
As equipes continuaram pressionando, mas foram para os vestiários com o placar ainda em 0 a 0.
Na volta do intervalo, pênaltis perdidos e brilha a estrela de Villa
As equipes voltaram para o campo de jogo decididas a não deixar o jogo chegar na prorrogação. E, após alguns minutos de toque de bola, partiram pra cima.
Aos 12 minutos, após levantamento da bola na área, Cardozo tentou chegar à bola, mas Piqué segurou o atacante, que caiu. O juiz, Carlos Batres, marcou pênalti e puniu o defensor com cartão amarelo. Na cobrança, o próprio Cardozo bateu, mas muito mal, e Casillas caiu para defender.
Um minuto depois, no contra-ataque, Villa apostou corrida com o zagueiro Alcaraz. O atacante foi derrubado e Batres, mais uma vez, marcou pênalti, desta vez, para os espanhóis. Xabi Alonso foi o escolhido para a cobrança. Ele bateu bem e marcou. Mas o árbitro mandou voltar, pois Fábregas invadiu a área antes da autorização. Na segunda batida, o volante mudou de lado, e brilhou a estrela do goleiro Villar, que caiu no mesmo canto que havia escolhido anteriormente e fez grande defesa.
Os treinadores começaram a modificar os esquemas das equipes após as chances perdidas. Gerardo Martino colocou Vera no lugar de Barreto e o experiente Santa Cruz para substituir Valdez. Del Bosque, para responder, tirou Xabi Alonso para colocar Pedro. No início da segunda etapa, Fábregas já havia entrado no lugar de Fernando Torres.
Após alguns minutos de descanso para se recuperar das emoções, as equipes voltarama atacar. E, na Fúria, brilharam os craques.
Aos 17, Iniesta já havia assustado em bela jogada individual. Mas foi aos 38, em mais um momento de brilho, que ele deixou o atacante Pedro cara a cara com Villar. Para o azar do jovem, a finalização bateu na trave. Mas para a sorte do povo espanhol, eles têm David Villa. No rebote, lá estava o camisa 7, com seu oportunismo de sempre, pronto para empurrar a bola para o gol, que foi chorado, a bola bateu nas duas traves antes de entrar.
Os paraguaios foram para o tudo ou nada. Aos 43, Santa Cruz perdeu grande oportunidade na frente de Casillas, que fez ótima defesa.
Final de partida, 1 a 0 para a Fúria, que se mantém viva e pega a Alemanha no clássico europeu pelas semifinais, na África do Sul.
FICHA TÉCNICA
PARAGUAI 0 X 1 ESPANHA
Estádio: Ellis Park, em Johannesburgo (AFS)
Data-Horário: 3/7/2010 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Batres (GUA)
Auxiliares: Leonel Leal (CRC) e Carlos Pastrana (HON)
Público: 55.359 presentes
Cartões amarelos: Alcaraz, Victor Cáceres, Morel Rodríguez e Santana (PAR); Piqué e Busquets (ESP)
Cartões vermelhos: -
Gol: Villa 38/2ºT (0-1)
PARAGUAI: Villar, Veron, Da Silva, Alcaraz e Morel Rodríguez; Victor Cáceres (Barrios 40/2ºT), Riveros, Santana e Barreto (Vera 18'/2ºT); Valdez (Santa Cruz 27'/2ºT) e Cardozo - Técnico: Gerardo Martino.
ESPANHA: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol (Marchena 40'/2ºT) e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Pedro 29'/2ºT), Xavi e Iniesta; Fernando Torres (Fábregas 11'/2ºT) e Villa -Técnico: Vicente del Bosque.
foto As imagens da vitória da Espanha sobre o Paraguai
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