Assistir ao Flamengo x Bonsucesso foi um programa de amargar. Nada contra o Carioca, campeonato decente, de boa família, que além de cativar o interesse de todos ainda é extremamente lucrativo para os clubes. Mas às vezes os clubes parecem não querer fazer sua parte para oferecer um espetáculo classe A às seletas plateias que prestigiam o nosso afamado certame rural.
Foi o caso do Flamengo, que durante a maior parte do jogo de ontem se recusou a colaborar. Quem via aquele Flamengo, que historicamente se caracteriza pela vibração, devagar quase parando e tão desapaixonado em campo, podia até pensar que o jogo era numa Quarta-Feira de Cinzas. Vagabundo não queria era nada com o serviço. O que é perfeitamente compreensível.
Não sou um corneteiro como muitos que por aí existem, tenho consciência social. Sou capaz de me colocar no lugar dos operários jogadores antes de tecer minhas críticas burguesas. Mesmo falando de futebol, e sabendo que não há a menor necessidade desses cuidados, não me incomodo em ser coerente. Se Flamengo x Bonsucesso foi duro de assistir estando confortavelmente escarrapachado no sofázão de tantas glórias e títulos, imagino que joga-lo no semideserto Raulinão para 350 pagantes tenha sido ainda mais desafiador. A verdade é que não tá fácil pra ninguém.
O jogo se arrastou por horas, espalhando o tédio na aldeia global e oferecendo aos rubro-anis, e à arcoirizada municipal que perfaz o grosso da nossa audiência, vãs esperanças de aprontarem alguma palhaçadinha pro nosso lado. E quando o Flamengo já começava a operar no modo delivery, doidinho pra tomar um gol idiota, o matreiro Jayme, num rasgo de genialidade, fez adentrar em campo o jovem Nixon.
Que mais uma vez atuou como se fosse um homeopata especializado em reconstrução facial. Pois o determinado atacante, mesmo sem bisturi, mudou completamente as feições daquela pelada horrorosa. Similia similibus curantur. Cheio de disposição, Nixon foi objetivo e contundente. Criou o conflito na área adversaria que culminou no 1×0, o 7º gol de Alecsandro no carioqueta, e ainda teve tempo de deixar o dele, em conclusão perfeita na gaveta.
Grande Nixon, o melhor em campo, salvando a noite e o bicho da rapaziada. Consolidando a liderança do Mengão no campeonato meia-boca que ninguém quer assistir. Mais 6 pontos e garantimos a Taça Guanabara, prenda que não levamos pra Gávea desde 2011. Se bem conheço esse grupo, que tão galhardamente defende nossas cores, Nixon provavelmente foi premiado pela atuação e deve ter podido sentar na janela do UruBusão na volta pra casa. Prêmio mais do que merecido.
Que todos tenham um bom descanso depois do dever cumprido. Domingo temos que dar uma pisa no Foguinho. (bocejos)
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo nosócio torcedor.
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