13 de fev. de 2014

Xingado e ovacionado por mexicanos, Felipe presenteia torcedor do León

O Flamengo deixa o México sem ter muito o que comemorar: com Amaral expulso aos 12 minutos, foi derrotado pelo León, na noite de quarta-feira, na estreia na Libertadores. Felipe, por sua vez, teve uma noite memorável. Um pênalti defendido, cinco defesas difíceis, outras cinco normais, oito saídas de gol corretas e sete reposições de bola perfeitas. Melhor rubro-negro em campo disparado, conquistou até mesmo o torcedor rival, que, após pegar tanto no seu pé, gritou o nome do camisa 1 ao apito final.

Como é costume no país, o goleiro sofreu a cada tiro de meta cobrado na partida. Enquanto se preparava para o chute, uma vaia quase que uníssona tomava conta das arquibancadas do Nou Camp, e chegava ao ápice com um palavrão dissílabo ao tocar na bola. A medida que o jogo se passava, porém, as ofensas se misturavam com um ar de espanto com a grande atuação de Felipe. Fosse em tiros de longa distância diante da bem postada defesa rubro-negra ou em bolas alçadas na área, o camisa 1 voava soberano para impedir o gol do time da casa. Somente no pênalti cobrado por Boselli que não havia o que fazer - o troco viria mais tarde.
Felipe León x Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/FlaImagem)Felipe León x Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/FlaImagem)

No segundo tempo, a desvantagem numérica se juntou ao desgaste físico, e o Flamengo se viu encurralado no campo de defesa. O León, por outro lado, quase não penetrava a área, o que não significa que não deu trabalho a Felipe. Em balaço de Gullit Peña, ele voou para linda defesa e o narrador da equipe de rádio localizada ao lado do GloboEsporte.com não se conteve:

- Que grande Felipe. Precisamos de um Felipe na nossa seleção. O naturalizem, por favor.

O auge da atuação do camisa 1, entretanto, ainda estava por vir. Após pênalti cometido por André Santos em Arizala, Felipe lembrou o 5 a 4 sobre o Santos, na Vila Belmiro, em 2011, e pegou a cobrança de Mauro Boselli. Assim como Elano naquela ocasião, o argentino tentou uma cavadinha e parou nas mãos do goleiro. Sete minutos depois, porém, Arizala fuzilou de dentro da área e o "Paredão", como se autodenominou certa vez, nada pôde fazer.

A partir daí, com o Flamengo em busca do empate, Felipe ficou ainda mais exposto, mas evitou um placar elástico. É bem verdade que a trave parou Boselli em duas oportunidades, mas há quem diga que bom goleiro tem que ter sorte. Ao término da partida, se a vitória não foi possível, o camisa 1 deixou o gramado com o reconhecimento daqueles que passaram os 90 minutos o xingado. No lugar do palavrão, coros de "Felipe, Felipe", que retribuiu com um presente.

- Antes do jogo, no aquecimento, o rapaz já tinha me pedido. Depois, gritaram meu nome - explicou o rubro-negro.

O Flamengo volta a jogar pela Taça Libertadores no próximo dia 26, contra o Emelec, no Maracanã. O próximo compromisso, porém, é pelo Carioca, diante do Vasco, domingo. A delegação rubro-negra deixa o México no fim da tarde de quinta-feira e chega ao Rio somente no fim da tarde de sexta-feira. Diante disso, Jayme de Almeida revelou que aguardará o treinamento de sábado, no Ninho do Urubu, para decidir se usará força máxima.

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