13 de fev. de 2014

Ruim da Cabeça e Doente do Pé.

A derrota do Flamengo na estreia da Libertadores 2014 não surpreendeu. Cumpriu-se a funesta tradição de entrarmos jogando o torneio continental como um time pequeno e assustado. A expulsão idiota de Amaral, que o coloca em companhia de Toró e Williams na galeria dos jênios da bola que não conseguem fazer a distinção entre vigor e violência, impede qualquer analise sobre o time. Desde os 10 minutos do primeiro tempo foi um salve-se quem puder enlouquecido.
A escalação inicial surpreendeu, Cáceres por Muralha, por pior que pudesse soar, aparentemente seria uma solução para as muitas falhas que tem surgido na proteção à zaga. Mas nem deu tempo de saber como ia funcionar esse arranjo do Jayme. Junto com o expulso Amaral saiu de campo também qualquer vestígio de organização tática e o jogo tornou-se um sufoco sem fim.
O time até que reagiu bem à ausência do cérebro Amaral, talvez por ter um a menos para errar, e tentou se reagrupar em campo. Fez uma ou duas jogadas de ataque promissoras, colocou até uma bola no travessão. Mas na sequencia do lance veio o castigo através de um pênalti bastante discutível de Hernane que o adversário não desperdiçou.
Mas foi justamente enquanto estava em desvantagem no placar e com um a menos que o Flamengo melhor jogou. Por alguns instantes chegamos a imaginar que depois de todos aqueles irritantes jogos com Carlos Eduardo a equipe tinha mesmo aprendido a jogar só com 10 em campo. Empatamos com Cáceres e, a duras penas, equilibramos o jogo.
Mas o segundo tempo mostrou que o nervosismo e a afobação são veneno pro Flamengo. Errando muito na saída de bola e levando susto toda hora, o gol dos caras era questão de tempo. Marcaram outro pênalti, este claríssimo e incontestável, que o atacante deles desperdiçou com uma cavadinha patética. Cáceres ainda conseguiu perder um gol debaixo do travessão. Incrível. Mas, claro, não tão incrível quanto seriam dois gols de Cáceres no mesmo jogo.
Como quem não faz, leva, os mexicos foram lá e fizeram 2 x 1 em uma jogada onde a bola ficou quicando na nossa área e não apareceu um filho da mãe pra dar uma bicuda e despacha-la. Um show de inação, paralisia e bobeirol. Castigo merecidíssimo, Libertadores não é pra quem fica de boca aberta vendo o adversário jogar.
Na Libertadores perder jogando fora não é pecado mortal, é resultado normal. Se fosse um jogo da fase eliminatória estaríamos até comemorando o gol fora de casa. O que preocupa é a forma como próprio Flamengo contribuiu para a derrota e facilitou o serviço do Leon, que é também um timinho dos mais muquiranas. Evidente que se jogarmos assim mais uma vez não ultrapassaremos a fase de grupos.
O pior de tudo não é a derrota, mas a inescapável constatação de que a Libertadores se tornou um trauma para o Flamengo. É urgente que se faça um sério trabalho psicológico com jogadores, comissão técnica e dirigentes para superar esse inexplicável bloqueio. Se não derem um jeito primeiro na cabeça, o Flamengo nunca vai acertar o pé na Libertadores.
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo nosócio torcedor.

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