A reunião do Conselho Técnico na sede da CBF, nesta quinta-feira, teve momentos de tensão. Com um discurso inflamado, o presidente da CBF, José Maria Marín, condenou ações na Justiça Comum, considerando-as deploráveis e que podem provocar prejuízos incalculáveis para o futebol. O presidente Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo, discordou e condenou que os resultados do campo fossem alterados.
Ao desmentir que um pacto tivesse sido feito entre os clubes, no sentido que não haja recursos na Justiça Comum este ano, Bandeira de Mello cobrou mudanças nas regras da competição. Segundo o presidente rubro-negro, a CBF precisa adotar medidas que não dêem mais margem a dúvidas durante a realização do Campeonato Brasileiro.
- Vamos estudar medidas que solucionem os problemas que aconteceram no Brasileiro do ano passado. A adoação da súmula eletrônica, por exemplo, é um caminho importante. É um procedimento já adotado pela Federação Paulista. Não há razão para a CBF não seguir este caminho - afirmou Bandeira.
Enquanto o advogado que representava a Portuguesa, Ricardo Cabezon, e o presidente do Fluminense, Peter Siensem, não tinham direito a voto, porque participavam apenas como observadores - durante a reunião as liminares que deixavam em aberto os participantes do Brasileiro deste ano ainda estavam em vigor -, Bandeira de Mello liderou os pedidos de mudança no regulamento geral das competições. Assim como Fábio Koff, presidente do Grêmio, o rubro-negro está preocupado com as possíveis liminares que ainda podem paralisar o Campeonato Brasileiro deste ano.
- Se o Fábio Koff, que é muito mais experiente do que eu, está preocupado, eu tenho que concordar com ele. Algo precisa ser feito para que não tenhamos os mesmos problemas do ano passado.
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