13 de fev. de 2014

CBF muda cor de escudo em apoio a Tinga, do Cruzeiro, que sofreu racismo na Libertadores

CBF deu apoio e se solidarizou com o racismo sofrido pelo volante Tinga, do Cruzeiro
CBF deu apoio e se solidarizou com o racismo sofrido pelo volante Tinga, do Cruzeiro Foto: Reprodução / Twitter
O mundo do esporte se uniu para prestar solidariedade e protestar contra o episódio de racismo sofrido pelo volante Tinga, do Cruzeiro, na partida contra o Real Garcilaso-PER, pela Copa Libertadores. A CBF aderiu à campanha criada pela presidente Dilma Rousseff nas redes sociais, o “#FechadoComOTinga”, e mudou as cores do seu escudo para preto e branco em sinal de protesto.
A mesma imagem foi compartilhada pelo atacante Neymar, do Barcelona, pelo zagueiro dabid Luiz, do Chelsea, o atacante Alexandre Pato, do Sao Paulo, entre outros atletas.
“Por um mundo sem racismo, sem preconceito e sem desrespeito #SomosIguais #FechadoComOTinga”, diz o Twitter oficial da confederação ao postar a foto.
Durante a partida de estreia do Cruzeiro na Libertadores, na noite de quarta-feira, Tinga ouviu xingamentos racistas dos torcedores do Real Garcilaso, a cada vez que tocava na bola. O confronto aconteceu em Huancayo, no Peru.
A presidente do Brasil lamentou o episódio pelo Twitter, e disse que conversou com a Fifa e a ONU para a Copa do Mundo de 2014 ser o Mundial contra o racismo.
“Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem, no Peru. Ao sair do jogo, Tinga disse que trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso, hoje o Brasil inteiro está #FechadoComOTinga. Acertei com a ONU e a FIFA, que a nossa #CopaDasCopas também será a #CopaContraORacismo. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito”, escreveu na rede social.
Tinga foi alvo de racismo em jogo do Cruzeiro na Libertadores
Tinga foi alvo de racismo em jogo do Cruzeiro na Libertadores Foto: Denilton Dias / VipComm
Jogadores e ex-companheiros de Tinga também protestaram contra o espisódio, como o atacante Fred, o meia Alex, o atacante Marcelone e até o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, rival do Cruzeiro.
Após o jogo, o atleta não escondeu a insatisfação e disse que trocaria todos os seus títulos para não haver mais preconceito.
– No começo, eu achava que era uma simples vaia, até por a gente ser um pouco conhecido aqui e ter jogado algumas Libertadores. Depois que eu vi que era um insulto racista, fiquei um pouco chateado, mas eu permaneci focado na partida, queria ganhar. Confesso que fiquei surpreso, já é minha oitava Libertadores, nunca tinha acontecido isso. Fico bem chateado – disse o jogador, que pediu o fim do preconceito. – Eu trocaria todos os meu títulos pelo fim do preconceito. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes


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