20 de dez. de 2013

Vistoria em obra do Beira-Rio flagra 63 estrangeiros em situação irregular

Alpinistas europeus trabalham no novo Beira-Rio (Foto: Fabio Mena Barreto/RBS TV)Operários estrangeiros trabalham na cobertura do
Beira-Rio (Foto: Fabio Mena Barreto/RBS TV)
Uma vistoria realizada pelo Ministério do Trabalho e pela Polícia Federal na tarde desta sexta-feira (20) nas obras do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, constatou a presença de 63 funcionários estrangeiros trabalhando em situação irregular, sem vistos de trabalho ou vínculo empregatício. O estádio receberá cinco jogos da Copa do Mundo de 2014.
Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, os responsáveis pela contratação dos funcionários serão autuados, mas ainda não há definições sobre possíveis valores de multa nem se o andamento das obras pode ser afetado.
Os estrangeiros que estão irregulares são chamados alpinistas e trabalham na instalação da membrana que faz parte da cobertura do estádio. A membrana é feita de uma mistura de tecido de fibra de vidro com Teflon. O material é flexível como um cartão de crédito e sua durabilidade é superior a 30 anos. A película é imune à radiação ultravioleta e a agentes corrosivos e é capaz de suportar enormes variações de temperatura (de - 200 ºC a 260°C). Tem características autolimpantes, eliminando resíduos apenas com a água da chuva.
Procurado pela reportagem, o Inter afirmou que não tem responsabilidade direta pelos operários contratados. A empreiteira que gerencia a reforma é a Andrade Gutierrez, que afirmou que os operários estrangeiros são contratados por uma empresa terceirizada. O engenheiro Nelson Fiedler, da Sepa, empresa responsável pela cobertura do estádio, onde os operários irregulares trabalham, disse que não poderia atender a reportagem no momento.
Na última semana, os alpinistas brasileiros que trabalham com a membrana na reforma do Beira-Rio ameaçaram entrar em greve por falta de pagamento, falta de condições no alojamento e de equipamentos. A Sepa afirmou, porém, que alguns deles (não revela o número, apenas que seria a “maioria”) foram demitidos por não demonstrar vontade em trabalhar

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