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Pelé parece não acreditar muito na fama que tem de pé-frio, mas também não a subestima. Durante evento em São Paulo, nesta quarta-feira, o Rei ironizou quando lembrado do adjetivo que ganhou nos últimos anos e revelou que recusou um convite para sortear os adversários do Brasil na Copa do ano que vem.
- Como vocês sabem, a presidente Dilma me indicou para representar o Brasil e fui convidado para tirar as bolinhas. E eu preferi não tirar as bolinhas. Não me sinto confortável de tirar e não serem favoráveis ao Brasil. Eu devo estar lá, mas quero deixar claro que não vou tirar as bolinhas - disse.
Pelé em evento de um de seus patrocinadores, ao lado de Michael Phelps (Foto: João Gabriel Rodrigues)
Tal fama do ex-jogador teve início com um palpite sobre o desempenho da Colômbia antes da Copa do Mundo de 1994 - na época, Pelé disse que os sul-americanos eram um dos favoritos ao título, mas Valderrama e companhia não passaram da primeira fase. Quatro anos depois apontou a Espanha como candidata ao título mundial, mas os europeus caíram na fase de grupos. No Mundial seguinte, apostou em uma final entre Argentina e França, eliminadas na primeira fase. Porém, o Rei acredita que tudo isso é menor do que a sorte que demonstrou durante toda a carreira.
- Eu respeito você me chamar de pé-frio, você tem toda a razão (risos). Dois mundiais com Santos, três com seleção. Você tem toda razão (risos). A voz do povo é voz de Deus - ironizou.
Pelé deixou claro que não teme que o sorteio deixe o Brasil em um grupo considerado "da morte", mas revelou que não gostaria de enfrentar a Espanha em uma possível decisão, onde quer ver o Brasil "seja contra quem for". Sobre o atual momento da seleção brasileira, tem apenas uma ressalva.
- Estamos com um pouco de dificuldade de acertar o ataque. Isso é engraçado. O Brasil sempre foi muito forte no ataque, agora temos uma defesa muito forte - opinou.
Rei mostra apreensão com situação do Vasco
Pelé também comentou o momento vivido pelo Vasco no Campeonato Brasileiro, em que a equipe tentará fugir do rebaixamento na última rodada, no próximo domingo.
- Está difícil. Inclusive para o nosso Vasquinho. É lamentável. Todo mundo sabe que, quando fui convocado pela primeira vez pela Seleção Brasileira foi num combinado entre Santos e Vasco. Mas está difícil. Ainda dá, o Vasco talvez possa ter sorte. Mas está difícil - disse Pelé, em referência ao jogo contra a Argentina, pela Copa Rocca de 1957, quando marcou um gol
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