18 de dez. de 2013

Cruzeirenses se concentram na Avenida Raja para ironizar atleticanos

Torcedores do Cruzeiro festejam derrota do Atlético-MG em avenida de BH (Foto: Maurício Paulucci)Torcedores festejam derrota do Atlético-MG em avenida de BH (Fotos: Maurício Paulucci)
Depois da eliminação surpreendente do Atlético-MG no Mundial de Clubes, os torcedores do Cruzeiro começaram a festa para ironizar os rivais. Dezenas deles se aglomeraram numa famosa avenida de Belo Horizonte com o nome sugestivo: Raja Gabaglia, sobretudo em frente a um shopping da região. Por lá, os cruzeirenses colaram fita adesiva na placa que indica o estabelecimento e mudaram o nome para Casa Raja Blanca.
Com um turbante improvisado com duas camisas do Cruzeiro na cabeça, Fábio Veibel garante que o local virou o centro de concentração de cruzeirenses para tirar sarro da eliminação do Atlético.
- Aqui é o Casa Raja Shopping, Casa Raja Blanca, Raja Casablanca. Aqui virou a embaixada de Marrocos no Brasil, é a sede do time que os eliminou no Mundial. A noite inteira de festa, zoando para sempre.
Torcedores do Cruzeiro festejam derrota do Atlético-MG em avenida de BH (Foto: Maurício Paulucci)Torcedores do Cruzeiro festejam derrota do Atlético-MG em avenida de Belo Horizonte

Fábio garante que a comemoração dos cruzeirenses tem um pouco de vingança depois da derrota do time celeste para o Estudiantes na final da Libertadores de 2009.
- Cara, é a festa da vingança de 2009. Vamos fazer eles amargarem tudo que fizeram. Nunca ganharam nada e queriam zoar a gente. Agora aguenta. É o maior vexame do futebol brasileiro na história do futebol mundial.
Cadê o troféu do Mundial?
Clémilson Maciel, cruzeirense que não achou o troféu do Galo (Foto: Maurício Paulucci)Torcedor do Cruzeiro, Clémilson não achou o troféu de campeão Mundial do Atlético
Clemílson Maciel passeava pelas ruas de Lourdes por volta das 20h30m (de Brasília), quando passou em frente à sede do Atlético-MG. Com mais dois amigos, o torcedor do Cruzeiro se aproximou devagar e começou a analisar a sala de troféus do Galo. Com ironia, o torcedor não perdeu a oportunidade de cutucar o rival que foi eliminado do Mundial de Clubes.
- Rapaz, eu estou procurando o título Mundial do Atlético-MG aqui, mas não estou encontrando. Será que ficou lá no Marrocos? Agora é bom para eles voltarem com a humildade. Antes de passar pelo Monterrey, pelo Raja, eles já estavam falando do Bayern.
Muçulmana e atleticana
Adriana Aparecida se converteu para a religião muçulmana há dois anos, mas garante que nunca viu tantos turbantes em Belo Horizonte, nem na mesquita em que faz suas orações. A torcedora conta que ouviu várias brincadeiras por conta do traje religioso.
Adriana Aparecida, muçulmana e atleticana (Foto: Maurício Paulucci)Adriana Aparecida, muçulmana e atleticana, garante que já houve momentos piores
- Eu sou muçulmana mesmo, mas sou atleticana também. Eu já estou acostuma a usar essa roupa porque sou muçulmana há dois anos. Lógico que de duas semanas para cá eu tenho passado por brincadeiras até mesmo no trabalho. Às vezes eu passo em algum lugar e eles falam: “Olha lá, vai para Marrocos!”. E eles nem sabem que eu também sou atleticana. Aí eu dou uma risadinha disfarçada e pronto.
No entanto, mesmo com a derrota, Adriana garante que não abandona a vestimenta por respeito à religião. Como atleticana ela diz que também já passou por momentos piores.
- Não abandono a vestimenta por causa da religião, em respeito ao meu corpo e a Alá também. Mesmo com a derrota estou feliz em ser atleticana. Quando o time foi para a Segunda Divisão foi bem pior e eu superei. Então agora é fichinha para mim que sou torcedora quase que fanática

Nenhum comentário: