Titular em 23 partidas e presente em 34 dos 36 jogos do Flamengo desde que chegou ao clube, em maio, Paulinho, 24 anos, provou ser a aposta com melhor custo-benefício de 2013. Não apenas por participar da maioria dos compromissos da equipe, mas principalmente por crescer de produção e ser decisivo sob o comando de Jayme de Almeida. Gols, passes, arrancadas, dribles. Um repertório que foi se apresentando aos poucos.
— O começo foi de muita dificuldade. No Flamengo todo mundo esperava jogadores de nome, de time grande, você vem para cá desacreditado — desabafou o atacante, trazido do XV de Piracicaba junto a outros jogadores do interior de São Paulo observados pelo diretor Paulo Pelaipe, após indicação da comissão técnica.
A chegada foi sob desconfiança, quando Rafinha despontava da base após um Campeonato Estadual destacado. No meio de promessas feitas em casa, Paulinho foi recebendo oportunidades e rendendo melhor técnica e taticamente.
O jogador é hoje o que mais dribla na estatística do Flamengo. Sua importância foi provada no fim de semana, quando não enfrentou o Atlético-MG para encarar o Botafogo descansado.
— Não tem ninguém com cadeira cativa no time — afirma, com humildade.
Ciente de que tem respondido à altura do esperado, Paulinho não esconde que no começo ficou nervoso em seu primeiro clássico, contra o Vasco, e que achou que vivia um sonho na primeira partida no Maracanã. Mais rodado, ele já deixa de lado o jeito tímido ao analisar a decisiva partida diante do Botafogo.
— Se passar é uma responsabilidade a menos. Se não tem que chegar entre os quatro no Brasileiro — alerta Paulinho, após a folga.
— Fui à praia, fiquei de pernas para o ar — conta, curtindo a maré boa
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