16 de out. de 2013

Jayme admite vitória de pouco brilho, mas diz: 'Dou os parabéns pela luta'

O Flamengo suou, mas conseguiu superar o Bahia na noite desta quarta-feira, no Maracanã. O time venceu por 2 a 1, com gol da vitória aos 40 minutos do segundo tempo, e conseguiu abrir distância para a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Após a partida, o técnico Jayme de Almeida exaltou a luta de seus jogadores e lembrou as dificuldades ao longo do jogo. O treinador perdeu o lateral João Paulo logo no início, machucado. Perto do fim, ainda com o placar empatado, o volante Elias pediu para sair, muito cansado. No fim das contas, porém, o resultado foi positivo.
- Sabíamos que o Bahia é um time muito perigoso nos contra-ataques, com dois pontas rápidos e um centroavante que segura a bola. Trabalhamos em cima disso, o primeiro tempo foi perigoso, eles quase fizeram o gol, e nós tivemos problemas de contusão. Ficou complicado para organizar, mas acho que conseguimos corrigir no intervalo. Botamos o Gabriel pela esquerda, aliviou um pouco o André Santos e o time equilibrou. O Luiz e o Amaral ficaram plantados ali atrás e começamos a jogar com calma. O time trabalhou a bola, fez 1 a 0 em uma jogada linda. Tivemos dificuldades, mas fomos levando. Na bola na trave (do Hernane), podíamos matar o jogo. Depois dos 30, demos uma caída, entrou o Souza, que é muito forte, e o Bahia empatou. O Elias falou que não dava mais, coloquei o Val que toca bem a bola e confiamos. Em uma jogada difícil, com o Léo cansado, fizemos 2 a 1. Temos que dar parabéns aos atletas pelo empenho. Foi um dia difícil pelas contusões, mas ninguém desanimou e saímos com um resultado que procuramos desde o início do jogo. Dou os parabéns pela luta, pelo empenho. Chegamos aos 40 pontos, que dão uma certa tranquilidade. A luta continua.

Confira os tópicos da entrevista com Jayme de Almeida:
VAIAS
- A torcida reclamar, xingar, faz parte do espetáculo. Agora, os problemas que tínhamos eles não sabiam. Seguramos ao máximo. Todo mundo quer um jogador em campo, eu respeito, mas na hora é difícil. Eu ia botar o Rafinha, mas o Elias disse que não dava mais, que o gás acabou. Tive que trocar, botar um jogador de meio-campo, o Val, e fizemos o gol. O torcedor é assim mesmo. Eu aqui sou técnico, tenho que ser frio e respeito a opinião de todos. Não é momento de xingar jogador, mas de incentivar. Estamos correspondendo as expectativas e vamos chegar lá. Estou satisfeito pelo empenho, pela luta.
FELIPE
- Futebol é um esporte coletivo. Mensurar um melhor que o outro não consigo. Todos foram importantes. O passe do Luiz para o Léo no gol do Hernane foi magnífico. O Amaral, o Luiz, a zaga se portou bem. Ninguém salvou ninguém. Todo mundo lutou e ganhou junto.
LADO DIREITO DO ATAQUE
- A qualidade dos nossos laterais para cruzamento, po... Mas conseguimos proporcionar jogadas pelos lados. O Paulinho está jogando direto com o Léo, que é um belo jogador. O entrosamento sai natural. Temos treinado pouco, mas eles já se conhecem. O próprio lançamento do Felipe para o Paulinho em contra-ataque.
CAMINHO PARA LIBERTADORES
- Minha preocupação continua sendo não entrar em zona de rebaixamento. Então, vamos passo a passo. Não adianta sonhar com Libertadores e G-4. Penso simplesmente em chegar a 46 pontos e aí sim relaxar e ver no que vai dar para frente. Já a Copa do Brasil é mata-mata. Fizemos dois jogos muito iguais com o Botafogo e a vaga está aberta para as semifinais. É outro tipo de campeonato. Temos problemas e vamos tentar resolvê-los.
POUCO TEMPO PARA TREINAR
- Trabalhamos muito na conversa. Não em geral, mas com um e com outro, aqui e ali. Trocamos ideias. Não sou um profissional que diz que tem que ser assim. A partir do momento que chegamos a uma ideia, nos juntamos e acertamos detalhes. A parte tática fica prejudicada porque temos que descansar, mas é um time inteligente e que entende. Acho legal porque isso nos deu um caminho e um alívio.
MANUTENÇÃO DA EQUIPE
- Não posso querer inventar no meio de um jogo. Treinamos muito pouco e temos um time base. O Gabriel hoje jogou em uma posição que já tinha jogado com o Jorginho. Não posso inventar o que não treinamos. Mexo o menos possível na estrutura do time. Não posso colocar em campo sem treinamento. Vai ser muito pior, evito isso. Como já estou no clube há muito tempo, conheço as funções dos jogadores. Por isso, mexo o menos possível e o time tem rendido. Os jogadores têm confiança para trocar, não vão errar um passe, um chute e sair.
DESFALQUES
- Vai alterar certamente a nossa formação para domingo. Temos pouco tempo para treinar, mas vamos ter que fazer algum trabalho tático, uma coisa bem rápida, para montar a forma de jogar. Isso é o campeonato nacional. Não temos muito tempo para mexer. Tem viagem e tal, é um treino mais para se posicionar.
BOA FASE DO ATAQUE
- O Hernane já vinha jogando com o Mano e estava se afirmando, fazendo gols. Não ia mexer ali. A partir do momento que entrei, ele tem correspondido plenamente. As pessoas o enxergam como um cara que só faz gol, mas é muito importante na retomada de bola. É um cara que finaliza muito bem. Temos que ter segurança e dar segurança ao atleta. O caminho é esse. Tenho procurado dar confiança, quem tem entrado também, e temos montado um time muito legal.
APOIO HERNANE
- Tem que perguntar a ele. Foi uma demonstração de carinho comigo. Achei legal, ele também estava sendo criticado. Um acreditou no outro, eu acreditei nele, e por isso o Flamengo venceu o jogo.

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