13 de out. de 2013

Gobbi detona STJD e pede punição a rival; procurador responde duro

O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, pediu punição ao São Paulo após o episódio ocorrido no intervalo do empate sem gols no clássico neste domingo, no estádio do Morumbi, pela 28ª rodada do Brasileirão. Nas arquibancadas, duas bombas explodiram, e torcedores do Tricolor entraram em confronto violento com a Polícia Militar. O mandatário relembrou problemas envolvendo torcedores corintianos em estádios e o tratamento dispensado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva ao clube.
No momento, o Corinthians disputa seus jogos como mandante longe de São Paulo por uma briga ocorrida entre seus torcedores e vascaínos, na partida ocorrida no dia 25 de agosto, em Brasília. Após dois confrontos em Mogi Mirim – vitória sobre o Bahia e empate com o Atlético-PR – o Timão jogará contra o Criciúma, no dia 19, em Itu.
– Só abrem processo nas brigas de torcedores do Corinthians. Nas outras ninguém abre, cobra ou fala nada. É a casa da mãe joana. Uma semana antes de jogarmos em Brasília, teve clássico e há pessoas na UTI até hoje. Nem processo teve. Esse Paulo Schmitt  (procurador do STJD) está demais. Vou contratá-lo para trabalhar no Corinthians – afirmou Gobbi, exaltado.
A revolta do presidente se dá pelo fato de torcedores de São Paulo e Flamengo terem entrado em confronto uma semana antes da partida entre Corinthians e Vasco, também no estádio Mané Garrincha. A única diferença, neste caso, foi que a briga aconteceu na área em frente ao palco da partida, e não nas arquibancadas. A única punição no caso do Tricolor foi dada a uma de suas torcidas organizadas.
Schmitt também foi duro em sua resposta ao dirigente corintiano. Ele afirma que Gobbi está querendo "jogar para a torcida" e que o dirigente deveria estar mais preocupado em ajudar a reprimir a violência de torcedores no estádio. Ele lembrou até do caso do garoto Kevin Espada, morto por um sinalizador que teria sido atirado por corintianos, durante confronto entre Timão e San José, em Oruro, na Bolívia, pela Taça Libertadores deste ano.
- Tomei conhecimento e lamento muito a declaração. É muita presunção e arrogância achar que estamos focando em um clube só. A preocupação desse presidente deveria ser com a prevenção de distúrbios causados por sua torcida. Não foi nenhum membro do Tribunal que viajou a Oruro e matou um garoto. Esse presidente deveria se preocupar com os reiterados casos de violência de seus torcedores, que fazem o clube ser punido constantemente em vez de atacar o Tribunal.
Não é a primeira vez que dirigentes do Corinthians reclamam do suposto excesso do STJD nos julgamentos com o clube do Parque São Jorge. O gerente Edu Gaspar e o diretor de futebol Roberto Andrade já haviam feito o mesmo. O clube só voltará a jogar no estádio do Pacaembu pelo Brasileirão no dia 10 de novembro, contra o Fluminense, pela 33ª rodada da competição nacional.
Pela Copa do Brasil, o departamento jurídico alvinegro conseguiu contornar a situação e escapou da punição de dois jogos longe de São Paulo, caso o Corinthians elimine o Grêmio nas quartas de final. Por conta de sinalizadores na torcida alvinegra na derrota por 1 a 0 para o Luverdense, em Lucas do Rio Verde, pelas oitavas do torneio, o STJD havia retirado os mandos do Timão.

confusão torcida São Paulo jogo Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Torcedores do São Paulo brigam com PMs durante clássico (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

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