27 de out. de 2013

Claudinei rechaça polêmica sobre ‘toque’ de Zinho em troca no clássico

Aos 38 minutos do segundo tempo do clássico entre Santos e Corinthians, em Araraquara (SP), pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Claudinei Oliveira, do Peixe, trocou Willian José por Victor Andrade. A alteração, a princípio comum, foi o principal assunto da entrevista coletiva do treinador após a partida, que terminou empatada em 1 a 1. Tudo porque a substituição teria sido influenciada por Zinho, gerente de futebol.

Minutos antes de tirar Willian José de campo, Claudinei foi informado por seu auxiliar, Marcelo Fernandes, de que o atacante estaria cansado. De acordo com o treinador, o toque partiu do preparador de goleiros Arzul, após observação de Zinho. O técnico alvinegro, no entanto, não polemizou. Pelo contrário: ele agradeceu o aviso, por entender que se tratava de um apoio ao trabalho no banco de reservas. E garantiu: quem escala o time é ele próprio.

- Normalmente, o técnico trabalha com dois auxiliares. No meu caso, é só o Marcelo. Quando (o gerente de futebol) era o Nei Pandolfo, ele ficava nas cabines da Vila Belmiro e, quando via algo diferente, dava um toque no Marcelo. Não temos mais o recurso do rádio, e hoje (domingo) foi um jogo num lugar atípico, que tinha condição de dar esse toque. O Arzul chamou o Marcelo, achou que o Willian estava desgastado, pediu para eu observar. Eu dei uma olhada melhor, e uns dez minutos depois achei que era o momento de colocar o Victor - explicou.
Técnico Santos Claudinei Oliveira (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)Claudinei Oliveira afirma que Zinho não interfere na escalação (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)
- De maneira nenhuma, o Zinho tem interferência em escalação. Ele está ali para tentar ajudar. Todos queremos vencer. Essa figura do auxiliar fora de campo não tem tanta influência, nos jogos na Vila e outros estádios não tem esse contato. O caso de hoje foi pontual. O trabalho do Zinho tem ajudado bastante. Aqui, não tem vaidade. É algo normal de quem quer ajudar no trabalho. Pensar que alguém vai escalar o meu time é não me conhecer - emendou.

Zinho, por sua vez, também minimizou o episódio

- Não vamos polemizar, né? O que aconteceu foi que o Arzul deu o toque no Marcelo, achou que o Willian estava cansado. Ele (Arzul) falou primeiro e eu concordei. Então, demos o toque no Marcelo, para o Claudinei dar uma observada, e o treinador tomar a decisão. O gerente de futebol também faz esse trabalho, o de auxiliar o treinador - resumiu.

Sobre o empate em si, Claudinei avaliou que o Santos merecia a vitória, mas não considerou ruim o resultado, especialmente pela presença maciça de torcedores do Corinthians, que lotaram a Arena Fonte Luminosa. O treinador, no entanto, ironizou a punição recebida pelo rival, que obrigou a equipe da capital a realizar a partida longe de São Paulo.

- Tivemos uma ou duas chances claras. Na minha ótica, o Santos esteve mais tempo melhor que o Corinthians. Fomos mais contundentes. Apesar do Douglas ter acertado a trave (no final da partida), nós tivemos mais chances. Por se tratar de um clássico, e de eles terem a torcida em maior número, 1 a 1 não é um resultado atípico. Mas não entendemos bem essa penalização. Viajamos muito mais que o Corinthians, eles jogaram com 16, 17 mil torcedores deles... Foi penalizado, mas não entendemos bem isso - concluiu.

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