11 de out. de 2013

Caxambu está Bombando.

Entre as muitas estâncias hidrominerais do sul de Minas Gerais Caxambu se destaca naturalmente. Não apenas pela variedade de suas fontes alcalinas, sulfurosas e carbogasosas, mas também pela proverbial hospitalidade de seus habitantes, já bem acostumados a receber em seus hotéis, estâncias e pousadas grandes nomes do futebol nacional que até lá vão para descansar, se afastar do olhar crítico do público e ruminar arrependimentos por decisões equivocadas.
O estrito código de confidencialidade dos mineiros já é por demais conhecido, motivo que impede a divulgação da identidade dos seus frequentadores mais assíduos. Mas não é preciso ser nenhum Sherlock Holmes para descobrir quem sãos os treinadores, dirigentes, jornalistas e até mesmo alguns torcedores mais inteligentes do que os outros, que tem feito da aprazível localidade na Serra da Mantiqueira o seu refúgio nessa hora triste em que o Flamengo vem, com grande descortesia, baldando todas as previsões feitas sobre seu rebaixamento. Não está mesmo fácil pra ninguém.
Ontem em Caxambu a night não foi legal. Mas foi ainda pior para os gaúchos por lá hospedados. Especialmente para os gaúchos que pedem pra sair. No Maracanã o Flamengo mais uma vez recebeu extremamente mal aos meridionais da fronteira. Que mantiveram a tradição do Internacioanal e se apresentaram diante do público carioca abichornados, como se jogassem em um time há 34 anos na fila do Brasileiro. Empalidecidos pela longa espera, os sem-drenagem demonstraram um excessivo e indisfarçável cagaço dos poderes parafutebolísticos do Flamengo. Medinho histórico que o Flamengo, assim que o identificou, soube aproveitar muito bem.
Com grandes atuações de Filipe, que jogou tão melhor depois da extração de dois dentes que suscitou a dúvida sincera do que seria capaz de fazer debaixo das traves se fosse banguela, Léo Moura, Amaral e Hernane Broca D’Or (artilheiro do Maracanã), o Mengão impôs sobre os sem-drenagem sua maior categoria e os mandou de volta à Província Cisplatina com mais uma derrota na estatística. Como dizem lá em Minas, caiu no Maracanã volta pro Sul sem sutiã. Ô trem doido, sô!
Sou humano como todos vocês, adoro um oba-oba e considero o 7º lugar no campeonato em que estávamos condenados ao rebaixamento desde a 3ª rodada uma conquista moral, sim. Mas permaneço no sapatinho. Julgo mais prudente não acender ainda os morteiros, rojões e sinalizadores que estamos guardando desde a semifinal da Taça Guanabara deste ano. Porque é bem provável que precisemos desses artefatos cênicos mais adiante, principalmente se continuarmos a subir o zigurate da classificação nessa velocidade estonteante.
Contrariando tudo que foi dito de mais inteligente, ponderado, isento e chato sobre o nosso time o Mengão está na parte de cima da tabela do Brasileirão por méritos próprios. Mesmo ainda não tendo conseguido um aproveitamento de míseros 50% chega a ser até falta de educação alguém fechado com o certo mencionar aquela continha cretina de 45 pontos.
O Flamengo, por tudo que representa, significa e incorpora, tem obrigação moral de querer mais. A distância do Flamengo para o G4, que já foi medida em anos-luz, agora é de apenas 8 pontos e ninguém mais será ameaçado com sossegas-leão ou camisas de força se especular o Mengão na Libertadores 2014.
Depois de meses roendo o osso insosso da mediocridade planejada a torcida do Flamengo reconquista o direito de porralouquear. Por incrível que pareça o até outro dia indexado tema Mengão na Liberta está totalmente liberado pra quem não tem medo de querer. Podem se manifestar à vontade, afinal, a Fanfarrolândia é o nosso habitat. Só não podemos esquecer de uma coisa: as máscaras continuam proibidas.
E para quem ainda duvida dos poderes do Mengão só podemos desejar uma feliz estada em Caxambu.
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo no sócio torcedor.

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