5 de set. de 2013

King of The Hill, Top of The Heap

     Brocador está para Moreno assim como o Rio de Janeiro está para New York. É ruim mas é bom. E            vasco-versa.
Pra vocês verem o altíssimo nível de humildade da supostamente soberba e autossuficiente torcida do Flamengo, geral comemorando, até com um compreensível exagero, a vitória magra e desenxabida sobre o Vitória. O nosso genérico baiano, freguês tradicionalíssimo, comprovou que não é apenas o campeão brasileiro de inadequação onomástica, é também uma das mais macias carnes assadas da competição.
Mas quem se importa se o adversário era fraco? O Flamengo se alimenta de vitórias, sem elas definhamos. Queremos ganhar, mesmo que seja roubado. O jogo foi ruim, mas os 3 pontos vieram na hora certa, pra afrouxar a corda no nosso pescoço e sonhar (não custa nada) terminar o turno do campeonato com pelo menos metade dos pontos necessários para a manutenção da nossa honra. Já temos 22 e agora, na teoria, só falta meio ponto pra podermos dizer que cumprimos o papel de coadjuvante ao qual fomos confinados pela conjuntura.
Justamente por estar amarradão na vitória vou passar batido pelas análises individuais e assim evito de falar mal de certos come-dorme para os quais já não tenho a menor paciência. Em respeito contrito pela 5º vitória no campeonato (praticamente uma vitória a cada 4,7 jogos) vou livrar a cara de todos e fazer apenas uma crítica coletiva.
O Flamengo precisa trabalhar seriamente a questão da confiança. É nítido que a defesa não confia no goleiro, que por sua vez não confia no ataque e muito menos no meio de campo. E o resultado dessa desconfiança generalizada que grassa entre nosso elenco são as fomiagens, a cera estúpida aos 5 minutos do 2º tempo e os amaldiçoados gols que andamos levando nos segundos finais como se fossem obrigatórios. Esses caras tem que ser todos colocados ajoelhados no milho e obrigados a escreverem 100 vezes o dístico do estado do Espírito Santo, trabalha e confia. Pensando bem, 100 é pouco, manda escrever 200.
Mas, felizmente, há espaço para os elogios. Em primeiro lugar para a indestrutível, inoxidável e à prova d’água Torcida do Flamengo. Tem que ser muito sinistra pra encarar o Maracanã em horário de corno debaixo de chuva pra dar força pra nossa mulambada. Os 12 mil e poucos presentes são heróis, nada mais, nada menos que heróis. Que torcida incomparável, só mesmo fazendo parte dela pra entender. 50% da vitória se deve à Magnética.
E os outros 50% se devem ao Brocador, o artilheiro das decisõezinhas. Hernane é matador, mas sejamos justos, mulambada. Quem merece uma salva de palmas sinceras é o treinador da Bolívia. Agora ficou claro pra todo mundo que o Brocador está para Marcelo Moreno assim como o Rio de Janeiro está para New York. É ruim, mas é bom. E vasco-versa.
Enquanto o Flamengo continuar a ser um time com sérias deficiências no departamento de criação, o comando do ataque tem que ser entregue a um caneludo que não precisa de bolas bem trabalhadas para marcar seus gols. Hernane é grosso, desajeitado e ainda usa aparelho dental, mas deixa a nêga lá dentro e atualmente é só isso que importa. Que o Flamengo continue a jogar pra frente sempre (e não apenas quando a água bate na bunda) e que Hernane continue assim, letal.
É isso, aí, amiguinhos, já tiramos a cabeça pra fora da água. Só falta agora tirar o resto do corpo. Vamos que vamos.
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo no sócio torcedor.

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