3 de set. de 2013

Fla de Mano oscila e tem aproveitamento pior que antecessores: ‘Tem que ter uma cara’

Diogo Dantas
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No Flamengo, a distância entre o céu e o inferno parece estar cada vez mais próxima. A irregularidade do time no Brasileirão contrasta com a empolgação momentânea na Copa do Brasil. Na soma da temporada, porém, os números pendem para o desânimo. Mano Menezes não consegue, com as peças que tem, fazer o time crescer de produção, e já possui o pior aproveitamento em relação aos técnicos que o antecederam.
São 16 jogos entre as duas competições nacionais e apenas 48% dos pontos conquistados. Jorginho (59%) e Dorival Júnior (51%), demitidos, fizeram o time render melhor, com a progressiva troca de alguns jogadores. Mano vai variando a equipe em busca da força máxima, e hora vê progresso, hora vê regresso, não conseguindo dar um padrão ao Flamengo.
—Tem que ter uma cara. Não adianta jogar três partidas ruins e depois uma boa — alertou o goleiro Felipe.
Depois da goleada sofrida para o Corinthians, o time pega o Vitória no Maracanã, amanhã. Caso não vença, pode terminar a rodada na zona de rebaixamento.
— Ninguém quer pensar nisso gora, mas estamos mais próximos lá de baixo do que lá de cima. Ano passado ficamos brigando em baixo, isso não é para o Flamengo. Agora no Brasileiro cada jogo é uma decisão — disse Felipe.
Para o compromisso de amanhã o time vai mudar de novo. Leo Moura está recuperado e deve voltar, enquanto Marcelo Moreno desfalca a equipe para defender a seleção da Bolívia. Hernane deve entrar. O maior reforço, aparentemente, é o Maracanã e a torcida carioca, fatores dos quais o Flamengo vai sentindo mais falta.
— Não sei se foi o Maracanã, mas o torcedor. O Cruzeiro sentiu o peso da torcida. Aquilo ali incendiando os atletas, a torcida cantando, não ganha jogo mas ajuda. A dependência é de jogar no limite. Oito jogadores bem carregam três, mas o contrario não. Tem que errar o menos possível — alerta Felipe.
Os rubro-negros já aprenderam a receita. Nada de se empolgar após o primeiro sinal de melhora. No Flamengo bipolar e de limitação técnica, a vitória convincente é exceção. Duas seguidas, só na imaginação. E as desculpas de Felipe, repetição.
— O que a gente mais escuta é “Cadê o Flamengo da quarta-feira?”. Também ficamos com esse sentimento.


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