Precisando como nunca do apoio da torcida, o Flamengo não se deu por satisfeito em conseguir pressionar o consórcio que administra o Maracanã a arcar com uma parte maior dos custos das partidas, combinado que já valeu contra o Vitória, e cogitou aumentar o valor do bilhete contra o Santos. A ideia do vice de marketing Luiz Eduardo Baptista não foi à frente para as entradas mais baratas, de R$ 60, mas chegou ao setor premium, que pulou de R$ 160 para R$ 200 já no último jogo.
Mantendo a notada característica de optar pela razão em vez da emoção, os dirigentes rubro-negros já se convenceram de que é preciso voltar a jogar no Rio no segundo turno, e confirmaram a partida com o Atlético-PR para o Maracanã, mas não deixam o olhar empresarial de lado. Enquanto as negociações com o consórcio se desenrolam em busca de um acordo mais equilibrado e longo, o clube tenta aproveitar a volta ao estádio para ganhar sócios-torcedores.
Para o jogo contra o Santos na próxima quinta-feira, a carga de ingressos será maior que a da última partida. Mas a expectativa por um bom público foi prejudicada pela derrota para o Cruzeiro no fim de semana. Mesmo assim, deve ser mantido o trato com o consórcio, o que reduzirás as despesas.
Contra o Vitória, o custo operacional foi de R$ 103 mil, muito menos que os R$ 380 diante do Cruzeiro pela Copa do Brasil. O consórcio reduziu seus lucros percentuais e assumiu maior parte do custo, mas o Flamengo não se contentou e quis aumentar as receitas. Para os jogadores, o importante mesmo é jogar no estádio carioca.
— Maracanã é nossa casa, conhecemos o campo, agrega muita coisa. Não precisa viajar, o torcedor vem, é diferente. Os jogadores sentem isso — disse André Santos.
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