22 de set. de 2013

ELIAS PERDE GOL INACREDITÁVEL, E FLA NÃO SAI DO 0 A 0 COM LANTERNA NÁUTICO

  • lance capital
    48 do 2º tempo
    Foi um daqueles lances para virar um emblema da arte de perder gols. Elias, quase em cima da linha, pegou rebote de Gideão e mandou por cima.
  • o nome do jogo
    Gideão
    O goleiro do Náutico foi o nome do jogo. Fez três defesas difíceis, todas quase sobre a linha, e impediu que o Fla saísse vencedor da partida.
  • por cima
    na área
    O Flamengo tentou muito mais jogadas aéreas que o Timbu. Foram 33 bolas alçadas, contra 14 do Náutico, que não mandou nenhuma a gol.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Náutico e Flamengo foram didáticos ao extremo neste domingo. Em 90 minutos, fizeram um resumo impecável do futebol que apresentam no Brasileirão de 2013. O empate por 0 a 0 na Arena Pernambuco escancarou a enorme fragilidade do Timbu e o casamento entre pobreza técnica e má fase do Rubro-Negro. Duas conclusões dos visitantes no primeiro tempo não entraram por detalhes microscópicos. E Elias, no último lance, perdeu um gol absolutamente surreal - quase sobre a linha.
- Se fosse há três jogos, ela entraria. Pelo menos somamos um ponto, mas sabíamos que era para termos vencido. A fase está ruim, temos que trabalhar - lamentou Elias.
Foi o primeiro jogo dos cariocas sem Mano Menezes, e o desempenho variou pouco. Nos pernambucanos, é a despedida de Levi Gomes do cargo de treinador da equipe principal, já que Marcelo Martelotte foi anunciado pelo clube.
O Náutico não vence há 13 rodadas. Com o empate, o Flamengo foi a 27 pontos, na 16ª colocação, três pontos à frente da zona de rebaixamento - e podendo entrar nela até o fim da rodada. O Timbu, com dez, é o lanterna.
- O nosso torcedor tem que saber que nós temos que jogar por dignidade, honra e profissionalismo. Temos que assumir esse momento delicado e tem muito jogador sentindo o que eu estou sentido hoje. Temos que buscar a força de vontade lá no fundo de nós mesmos - avaliou o lateral Derley.
O Alvirrubro recebe o Coritiba no sábado, pelo Brasileirão, e o Flamengo pega o Criciúma no Maracanã, um dia depois. Antes, na quarta-feira, faz clássico com o Botafogo, pela Copa do Brasil.
náutico x flamengo (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)André Santos tenta o combate sobre Tiago Real, do Náutico (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Por milímetros
Milímetros impediram o Flamengo de vazar a defesa do Náutico no primeiro tempo. E milímetros que pertencem a Gideão. Os goleiros, em especial o do time pernambucano, protagonizaram a primeira metade da partida. O arqueiro do Timbu salvou duas em cima da linha: primeiro em cabeceio de Samir, depois em conclusão de André Santos. Nos dois lances, jogadores rubro-negros pediram gol.
O Flamengo foi melhor do que o Náutico no primeiro tempo. Teve mais posse (51% a 49%), finalizou mais (dez a quatro), alçou muito mais bolas na área (16 a quatro). Além das duas conclusões defendidas sobre a linha, poderia ter marcado com Paulinho, mas Gideão novamente espalmou. O porém é que o Timbu, mesmo novamente frágil em campo, também teve chances claras de gol. Paulo Victor fez defesa assombrosa quando Martinez pegou rebote e mandou no ângulo.
Na mesma
náutico x flamengo (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)O Brocador Hernane não esteve em jornada inspirada (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
O jogo pouco mudou no segundo tempo. O Náutico esteve mais propenso a atacar, mas sempre sem demonstrar a menor ideia de como fazê-lo. Com isso, foi novamente o Flamengo quem mais se aproximou de marcar. Foi o caso de lance nascido aos quatro minutos, quando Elias recebeu livre de Paulinho na área e bateu no canto. Leandro Amaro salvou para os pernambucanos.
Carlos Eduardo, outra vez muito apagado, foi substituído por Gabriel no decorrer da etapa final. O meia pelo menos tentou dar agilidade ao time. Logo depois de entrar, bateu cruzado da direita, e a bola atravessou a área sem que ninguém aparecesse para completar. O Náutico, nas raras vezes em que ameçou, o fez sem querer, como no cruzamento de Hugo que quase entrou no gol de Paulo Victor.
A partida ainda reservava seu momento mais impressionante para o último lance. Eram 48 minutos. O Flamengo bateu escanteio da esquerda. A bola viajou, e Marcelo Moreno cabeceou. Gideão salvou. E Elias, quase dentro do gol, mandou por cima, contrariando as leis da física. Inacreditável. Absolutamente inacreditável.

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