Dois dias depois de ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por conta da briga entre torcedores durante jogo contra o Vasco, no Mané Garrincha, dia 25 de agosto, em Brasília, o Corinthians conseguiu nesta sexta-feira um efeito suspensivo parcial. Agora, o clube terá de mandar dois jogos (e não mais quatro) sem torcida. O clube já confirmou quais serão as partidas da punição: contra Goiás, no dia 15, e Cruzeiro, no dia 22, mas ainda não tem o local - o departamento jurídico aguarda um posicionamento da CBF para saber se terá de jogar no Pacaembu com portões fechados ou a 100 km de São Paulo.
Quando decidiu punir Timão e Vasco, o Tribunal determinou que as equipes jogariam duas partidas com portões fechados e outras duas só com visitantes. Agora, são duas - falta definir a forma da punição.
- Está existindo uma confusão entre perda de mando e jogo com portões fechados. A CBF vai esclarecer isso em breve. Eu acredito que poderemos jogar no Pacaembu, sem torcida. Vou estranhar se os jogos forem mesmo a 100 km de São Paulo, mas é a CBF quem vai decidir - afirmou o diretor jurídico do Corinthians, Luiz Alberto Bussab.
A redução da pena não é definitiva. No dia 26 de setembro, haverá o julgamento do recurso e o efeito suspensivo pode ser revisto.
Questionado sobre o assunto, o lateral-direito Alessandro disse que não concorda com qualquer tipo de punição aos clubes.
- O clube não pode pagar e nem o torcedor, que perde a oportunidade de torcer por seu time. Outros torcedores vão continuar a fazer baderna nos estádios. Não conseguimos ver ninguém conseguir organizar os estádios. As punições continuam sendo feitas de uma forma errada - comentou o veterano, após o treino desta sexta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava.
Além dos jogos sem torcida, o Corinthians foi multado em R$ 80 mil.
- Sem torcida não tem aquele calor do jogo, a empolgação da massa. Fica muito próximo de um treinamento. É muito ruim – acrescentou Alessandro.
O Corinthians viveu essa experiência durante a Taça Libertadores deste ano. Após a morte do garoto Kevin Espada, torcedor do San José, da Bolivia, atingido por um sinalizador que partiu da torcida do Timão, o time teve de mandar o jogo seguinte contra o Millonarios, da Colômbia, com o Pacaembu fechado.
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