18 de jul. de 2013

Torcedor ferido em confronto no Paraguai conta detalhes da confusão

Atleticano baleado mostra perna enfaixada por causa de tiro levado no Paraguai (Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte.com)Atleticano baleado mostra perna enfaixada
(Foto: Léo Simonini / Globoesporte.com)
O clima após a derrota do Atlético-MG para o Olimpia foi tenso fora do estádio. Torcedores do time mineiro se envolveram numa confusão com os "hinchas" paraguaios, que atiraram pedras num ônibus que levava integrantes de uma organizada alvinegro. Um dos atleticanos, Bruno Augusto, levou um tiro e sofreu uma fratura exposta no tornozelo direito - dois torcedores locais morreram atropelados durante as comemorações pela vitória.
Bruno teve que adiar a volta ao Brasil. No Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, ele contou o drama vivido na última madrugada. Mostrando a perna enfaixada, o atleticano garantiu que os momentos de terror não vão afastá-lo da grande final da Libertadores, na próxima quarta-feira, no Mineirão, às 21h50m (de Brasília).
- Mesmo baleado, vou ao jogo na quarta. De qualquer jeito, estarei no Mineirão. Espero que toda essa situação ruim seja coroada com o título. Eu acredito, eu acredito - disse ele, fazendo uso do mantra do Atlético-MG desde os emocionantes jogos do mata-mata.
Bruno conta que, na saída do estádio, os torcedores do Galo se encaminharam para o local onde o ônibus estava estacionado. Todos os 44 entraram no veículo e seguiram viagem. Depois de aproximadamente dez minutos de trajeto, perceberam que havia sido montada uma emboscada, confirmando a versão dada pela própria imprensa local. Segundo ele, cerca de 300 torcedores do Olimpia cercaram o veículo e começaram a atirar pedras, e alguns torcedores desceram do ônibus para tentar "resolver a situação".
- Tudo aconteceu numa encruzilhada. Os caras cercaram tudo. Começaram a tacar pedras, garrafas. Havia mulheres no ônibus, namoradas de amigos. Se não tivéssemos descido, seria muito pior. Era pedra para todo lado, foram cenas de horror. Levei um tiro no tornozelo direito. Não esperava que isso pudesse ocorrer.
O atleticano explicou que, no momento da confusão, o policiamento era escasso. Segundo ele, os policiais presentes estavam do lado dos torcedores paraguaios, protegendo-os. Depois que Bruno foi atingido pelo tiro, alguns membros da torcida atleticana o levaram para o Centro de Emergência Médica Professore Dr. Manuel Giagni. O ônibus com o restante dos alvinegros seguiu viagem.
Bruno afirma que foi muito bem atendido no hospital, tendo apoio também do Consulado Brasileiro, que estabeleceu contato com a sua família em Belo Horizonte para mantê-los informados. O atleticano ferido explicou que a fratura exposta, na altura do tornozelo direito, precisará de intervenção cirúrgica. No entanto, optou por operar na capital mineira para não ter que permanecer em Assunção.
- E ainda não está marcado. O médico tem que ver o exame. (A operação) poderia ser feita aqui mesmo, mas eu teria que ficar mais dias aqui. Preferi fazer em Belo Horizonte mesmo. Ainda sinto muita dor, mas estou t

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