9 de jul. de 2013

Fla anuncia série de jogos no DF, e volta ao Maracanã não tem previsão

estádio maracanã brasil espanha final copa das confederações (Foto: Agência Reuters)Volta do Fla ao Maracanã não tem previsão
(Foto: Agência Reuters)
Apesar da ansiedade do torcedor pelo retorno ao seu palco habitual, o Flamengo mantém a postura firme em busca de um acordo que vá ao encontro de suas metas a longo prazo. Em recente entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o vice de finanças, Rodrigo Tostes, deixou claro que o Rubro-Negro não abre mão de um acerto que o permita gerar cerca de R$ 70 milhões anuais em receitas envolvendo o estádio em até três anos. A segunda proposta apresentada pelo consórcio atinge apenas pouco mais da metade deste montante.
Líder do conselho que está a frente das conversas, com a consultoria da Fundação Getúlio Vargas, Tostes revelou que o ponto crucial não está no que é oferecido, mas no conceito geral que não permite que o Flamengo chegue à meta. O consórcio já prometeu, por exemplo, os 43 mil lugares disponíveis atrás dos gols - que representam o valor mais barato de ingressos -, mas nenhum dos camarotes, o que não agradou. Diante do impasse, o reencontro do Fla com o estádio está cada vez mais distante.
Preços dos ingressos e arrecadação em Brasília
Segundo o presidente do Flamengo, Bandeira de Mello, a intenção do clube é manter nas próximas partidas no DF preços semelhantes ao do jogo contra o Coritiba (entre R$ 80 e R$ 200, com descontos para sócios rubro-negros).  No entanto, cada caso será analisado separadamente.
- Sobre os preços, vamos avaliar caso a caso, mas acredito que possa ser mantida alguma coisa com o que foi praticado no último jogo. Mas esta é uma decisão que vamos tomando jogo a jogo.
reunião presidente flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e governador do DF, Agnelo Queiroz (Foto: Fabrício Marques)Governador Agnelo Queiroz (e) recebeu diretoria do Flamengo nesta terça (Foto: Fabrício Marques)
O mandatário também detalhou as taxas cobradas do clube para os jogos no Mané Garrincha e disse acreditar que o time continuará arrecadando bem com as partidas no Distrito Federal. Contra o Coritiba, o Flamengo alcançou lucro superior a R$ 1,1 milhão (renda bruta foi de R$ 2,7 milhões).
- Não sabemos exatamente quanto vamos arrecadar, vai depender da adesão do povo de Brasília. Mas tenho certeza que podemos contar com público parecido ao do último jogo (52 mil pagantes) em todas as partidas. Contra o Vasco, deve ser até maior. Existe uma tabela em que a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) cobra 10% para jogos fora da cidade. A Federação Brasiliense está trabalhando com 5%. E mais os 13% do GDF. Nas partidas contra o Vasco negociamos em dividir a renda, mas nos demais o Flamengo ficará com todo o restante da arrecadação líquida.
Retorno ao Rio na próxima semana
Eduardo Bandeira de Mello comentou ainda a decisão de voltar a jogar no Rio de Janeiro na próxima semana. Inicialmente prevista para o Mané Garrincha, a segunda partida contra o ASA, dia 17 de julho, pela Copa do Brasil, será disputada em Volta Redonda.
- Estamos afastados do Rio há muito tempo e preferimos fazer em Volta Redonda, até para que a gente possa preparar melhor um jogo de quarta-feira em Brasília. Essa partida contra o ASA não terá um apelo tão grande quanto o Flamengo e Coritiba ou Flamengo e Santos.
De acordo com o presidente, o longo período que os jogadores ficariam afastados das famílias também pesou para a decisão de antecipar o retorno ao Rio. No último sábado, antes do embarque para Brasília, o goleiro Felipe chegou a reclamar no Twitter das viagens.
- Os jogadores também estão afastados do Rio de Janeiro há muito tempo. Então, do ponto de vista pessoal dos jogadores, de estarem mais perto de suas famílias, também foi um fator que levamos em conta no momento da decisão - completou Bandeira de Mello

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